A carreira de enfermagem e a posiçao relativamente ao aborto

E nesta questao, ja alguem pensou?

Nao sei o que a lei portuguesa diz acerca do assunto, terão os enfermeiros de definir uma posiçao relativamente à interrupçao voluntária da gravidez (IVG) assim como os médicos? E se assim for, será mais um dos critérios de empregabilidade das instituições?

E mesmo que não se tenha de definir uma posiçao legal perante o assunto, a nossa posiçao pessoal, poderá influenciar numa entrevista de uma determinada instituiçao?

Suponhamos, que eu vou a uma clinica privada,onde é realizada a IVG, e me perguntam qual a minha posiçao relativamente ao procedimento. Digo que sou contra. E sopunhamos, que por este raciocínio, a instituiçao chega à conclusao de que sou contra determinadas praticas no seu interior e que por isso não serei uma boa profisional de saúde... pronto... lá vai ela outra vez para o desemprego... :s...

Espero não estar a exagerar, e quem souber mais sobre a matéria que se manifeste!

É do interesse comum eliminar todas as vias que nos levem ao desemprego e estamos cá para aprender! *

Boa questao!!

Eu nao estou propriamente informada acerca desta questao, mas vou dar o meu ponto de vista... Como qualquer profissional de saude directamente implicado na situaçao, parece.m que tambem os enfermeiros têm direito a manifestar a sua posiçao em relaçao a IVG. Têm, portanto, todo o direito de objectar consciencia como qualquer medico, ou nao fosem os enfermeiros, antes de serem profissionais qualificados, pessoas. E como pessoas, têm, naturalmente, os seus valores e crenças...e a IVG é um dos mais fortes agitadires das normas e crenças da nossa sociedade.
A objecçao de consciencia nao pode, ou nao deveria ser, um criterio de empragbilidade nas instituiçoes em geral...é claro que se te fores candidatar a um emprego numa clinica que nada mais faça que nao Abortos, para alem de ser uma grande contradiçao da tua parte, será tambem certo que lá nao te irao querer!

É claro que a nossa opiniao pessoal ira influenciar na entrevista e na admissao a uma instituiçao. Se contasse somente o teu Curriculum Vitae, n te fariam entrevista nenhuma. Olhavam para os dados que tu enviaste para lá e, maracavam.t um dia para te dizerem as regras do jogo, mas nada mais que isso. Qualquer pessoa (apesar disto nao ser assim tao linear!) quando se candidata a um emprego e é admitida, é.lo nao só pela sua qualidade enquanto profissional, mas tambem, pela sua qualidade enquanto Ser Humano. Bem, isto nao é bem assim, mas deveria ser... Principalmente em Saude, onde o lado humano vale tanto quanto o Profissional. Logo, qualquer valor, crença, norma, opiniao, posiçao em relaçao a, etc., valerá na escolha do futro profissional!

O facto de seres contra determinadas praticas de uma dada instituiçao nao significa que sejas má profissional. Significa que és um ser racional e inquisitivo, que critica o que lhe rodeia e adopta perspectivas que o guiarao pela vida, levando.o a marcar posiçoes em relaçao a determinados assuntos, sejam elas favoraveis ou nao as praticas em questao. E isso nao te ditará o desemprego, antes ditará as instituiçoes e tipos de trabalho a que estas "destinada".

Por exemplo, eu sou contra a IGV (mas nao contra a sua legalidade!), mas nao é por isso que eu fico em desvantagem em relaçao a outro profissional que n o seja. Significa antes que eu n posso trabalhar naquele serviço, como pessoas emocionalmente mais vulneraveis nao poderao trabalhar nos cuidados paliativos, por exemplo.

Eu axo que nao estas a exagerar. Mas axo que estas a fazer confusao...Se vives numa sociedade livre, onde vigora a liberdade de expressao e pensamento, é impensavel que te rejeitem um emprego só porque tens uma visao acerca de algo e pretendes leva.la adiante!
És contra a IVG?! Ok, tranalhas noutro serviço qualquer...

Bem esta "dá pano pa mangas", como se costuma dizer!

Em primeiro quero referir o que a legislação diz acerca do assunto da interrupção voluntária da gravidez: "Os estabelecimentos de saúde só podem realizar um aborto a pedido da mulher quando a ecografia revelar um tempo de gravidez até às nove semanas e seis dias", segundo uma circular da Direcção-Geral de Saúde.

O tempo de gravidez deve ser definido na consulta prévia, depois da qual é obrigatório um período de reflexão mínimo de três dias até à realização da IVG.

Partilho com a Cristiana a legalidade da IVG, uma vez que anteriormente existiam situações em que a gravidez era interrompida com risco de vida das gestantes.

Acho que ninguém tem de decidir se a cliente vai ser mãe ou não, e julgo que nenhum profissional de saúde consegue adivinhar se a decisão que se toma na última consulta é certa ou errada. Será que aquela mulher vai conseguir ter emprego para dar uma vida digna à criança? Terá quem a ajude? Se a criança nascer e for retirada dos pais? - Bem existem mil e uma situações possíveis!

Penso que a vontade da mulher grávida que procura a IVG não deve ser menosprezada uma vez que a maior parte das pessoas que procuravam o aborto ilegal apresentavam défices no conhecimento da sexualidade e no processo da IVG pode-se efectuar e avaliar conhecimentos de planeamento familiar.

Quem sabe se no final da consulta a mulher ou casal não mudam de ideias e aprendam como fazer uma contracepção eficaz!

Quanto à questão da entrevista na clínica acho que é fundamental a sinceridade e se alguém for objector de consciência relativamente à IVG, simplesmente não procura trabalho nesta àrea.